Naquela grande cidade, bem no centro do
bairro está a igreja Santo Antônio que empresta seu nome ao lugar. Sua
arquitetura é original e belíssima. Fica na rua Ernesto Barros e na sua frente
encontra-se uma praça humilde, mas é o encontro de adultos e crianças por sua
tranquilidade.
A
igreja é conhecida por suas missas e casamentos perfeitos e organizados. Seus
sinos apagam as conversas paralelas que acontecem ao redor, as palmas das
árvores e os sons de alerta das escolas do bairro.
Ali
naquela igreja, onde todo casal apaixonado deseja unir-se, acontecia algo em
que todos se sentem alegres e, claro, um tanto apreensivos.
Grandes e compridos bancos suportam pessoas
de todas as idades, vestidas da melhor maneira, aguardam aquela moça que viram
crescer. Sim, ela estaria entrando ali, com um belo e longo vestido branco,
perfeita.
O futuro marido a aguarda nervoso e
decidido, espera pelos melhores anos de sua vida.

De repente, um silêncio acontece, e quando
menos se espera, toca a marcha nupcial, e como num estalar de dedos, todos se
levantam voltados à entrada.
E ela entra linda e radiante, com um
sorriso contagiante.
Ali, naquele momento, todos a observam
desde o enfeite do cabelo aos sapatos cobertos pelo vestido.
Eu, ali no fundo da extensa igreja, agora,
observo o noivo que sorri como nunca. Vejo refletir no seu semblante, o
verdadeiro amor. Voltei ali a acreditar naquele sentimento que um dia havia
duvidado.
Crônica de Andreza Trindade Magalhães, aluna
da turma 81, produzida nas aulas de Língua Portuguesa, nas oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa, em 2012.
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