No bairro Marques Ribeiro, localizado perto do rio Jacuí, cercado pelo quartel, vejo durante todo dia, da minha janela a correria de "gente grande".
Eles passam apressados, alguns indo trabalhar no centro da cidade, Dona Rita e Dona Vera indo à igreja rezar o terço, seu André abrindo a venda; alguns por estarem atarefados nem se cumprimentam.
Mas ao chegar à tardinha, toda pressa é substituída pela inocência das crianças que brincam sem se preocupar.
A alegria começa na rua em frente à minha casa, uma rua pacata, de paralelepípedos, que se alegra ao ver as crianças chegarem da escola depois de um dia de espera.
Eles brincam de esconde-esconde, pega-pega, jogam bola, se divertem, quando um grita:
_ Olha o ônibus!

Todos vão para a calçada. Quando o ônibus passa a diversão volta. Até que as mães começam a chamá-los, um a um se despedem e vão embora.
Todos os dias ao ver essa alegria, esse companheirismos, essa inocência, eu me encho de força para conseguir aguentar a pressa, os problemas e desgraças do dia até chegar novamente à tardinha.
Esta crônica foi criada pela aluna Márcia da Silveira, da turma 81, participante da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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